Câncer de Testículo

Duas grandes características dos tumores de testículo são:

1. Neoplasia maligna mais frequente entre homens de 20 a 24 anos.
2. Altas taxas de cura, independentemente do tipo histológico.

De fato, apesar da alta taxa de sucesso no tratamento, esse tumor acomete homens em plena atividade produtiva e reprodutiva, sendo que o tratamento pode afetar tanto a parte hormonal (produção de testosterona) e reprodutiva (formação dos espermatozoides).

Fatores de risco

A criptorquidia (testículos não descidos) é o principal fator de risco para o câncer de testículo. A correção antes dos 2 anos de idade reduz o risco dessa malignidade.

Infertilidade e usuários de maconha também apresentam risco maior de desenvolver esse tipo de tumor.

Diagnóstico

O aumento volumétrico do testículo ou palpação de caroço (nódulo) indolor levanta a suspeita para a condição.

Algumas doenças devem ser diferenciadas – hidrocele, orquiepididimite, hérnia inguinal entre outras. Além do exame físico, através da palpação, alguns exames são fundamentais para o diagnóstico.

O ultrassom doppler testicular consegue dar informações valiosas para o diagnóstico. Além dele, existem marcadores sanguíneos produzidos por subtipos de tumor – alfafetoproteína e betaHCG – que auxiliam no diagnóstico e classificação da doença.

Porém, o diagnóstico final é feito somente através da peça cirúrgica. Não é recomendado biópsia devido ao alto turnover celular e risco para metástase.

Essa doença geralmente se apresenta já com metástase em mais da metade dos casos. Felizmente, mesmo com a rápida progressão da doença, a taxa de cura é alta associado a radioterapia ou quimioterapia.

Em fases mais avançadas, sintomas e sinais de metástases podem estar presentes, como falta de ar, massa abdominal e emagrecimento.

Para avaliação dessas doenças mais avançadas utilizamos a tomografia computadorizada de tórax, abdômen e pelve.

Subtipos de tumores

Dois são os principais subtipos de tumor de testículo:

1. Seminoma – comportamento mais indolente.
2. Não seminoma – mais agressivos, com necessidade de tratamento adjuvante (quimioterapia).

Tratamento

Antes de realizar qualquer tipo de tratamento, é fundamental a orientação para congelamento de espermatozoides, visto que tanto o tratamento cirúrgico quanto quimioterápico e radioterápico podem afetar a função do testículo remanescente.

Sendo assim, a retirada do testículo pela via inguinal é a cirurgia de escolha (orquiectomia radical). Por questões estéticas, pode-se no mesmo procedimento implantar uma prótese testicular, de maneira que o aspecto final fique natural, semelhante ao testículo normal.