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Tumores de Adrenal

Imagem Tumores de Adrenal

As glândulas adrenais, ou suprarrenais, estão localizadas em íntimo contato com o polo superior dos rins, no retroperitônio.

São divididas em medula e córtex, responsáveis pela produção de alguns hormônios (cortisol e androgênios) e substâncias que regulam o sistema circulatório (catecolaminas e aldosterona).

O córtex da glândula suprarrenal humana pode ser afetado por processos neoplásicos benignos ou malignos. Estes tumores podem se desenvolver em ambos os sexos e em qualquer faixa etária. A grande parte dos tumores adrenocorticais, no entanto, é pequeno e de comportamento benigno. Em contraposição, os tumores adrenocorticais malignos ou carcinomas adrenocorticais são raros, agressivos e com prognóstico desfavorável.

Esses tumores podem ser produtores de algumas substâncias e são denominados hiperfuncionantes. O Feocromocitoma é o exemplo mais comum, cuja característica é a liberação excessiva de catecolaminas, causando uma desregulação do sistema circulatório (aumento da pressão e do batimento cardíaco). Outros exemplos são os tumores produtores de cortisol, aldosterona e androgênios.

Existem dois principais tumores malignos de adrenal:

  1. Carcinoma de adrenal (ou adrenocortical): tumor maligno originário do córtex da própria adrenal. Caracteriza-se por uma grave doença e que tem como base de seu tratamento inicial a remoção cirúrgica da glândula. Na maioria das vezes esse tipo de câncer se apresenta como um tumor não funcionante, porem também podem cursar com hiperfuncionamento na menor parte dos casos.
  2. Metástases para glândula adrenal: tumores malignos originados em outros órgãos cujas células se desprenderam de seu sítio original e migraram pela circulação, alojando-se na adrenal. O câncer de pulmão é um tipo de neoplasia maligna que frequentemente envia metástases para essa glândula.

Fatores de risco

Pouco se sabe sobre os fatores de risco para os tumores de adrenal. Entretanto, tanto tumores benignos quanto malignos podem ser encontrados em algumas síndromes genéticas hereditárias.

Algumas delas são:

  • Neurofibromatose tipo 1, chamada também de Doença de Von Recklinghausen;
  • Síndrome de Li-Fraumeni;
  • Síndrome de Beckwith-Wiedemann;
  • Síndrome do paraganglioma (também conhecida como feocromocitoma extra-adrenal);
  • Síndrome de Von Hippel-Lindau;
  • Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2 (MEN2);

Sintomas

Geralmente os tumores benignos, quando não produzem nenhuma substância, são assintomáticos, e identificados em exames de rotina – costumamos chamá-los de incidentaloma.

Já os tumores hiperfuncionantes produzem sintomas relacionados ao hormônio produzido em excesso:

  1. Aumento da pressão, vermelhidão no rosto, aumento da frequência cardíaca, dor de cabeça (Feocromocitoma).
  2. Ganho de peso, aumento da gordura facial tronco e abdome, rosto em lua cheia, estrias (excesso de cortisol – Síndrome de Cushing).
  3. Mudança das características sexuais
  4. Pressão de difícil controle, múltiplas medicações (Aldosterona)

O tumor maligno da adrenal quando em seu início se mostra assintomático. Já em estágios mais avançados pode causar dor lombar, perda de peso, fadiga e anemia.

Diagnóstico

Utilizamos basicamente a tomografia computadorizada ou ressonância para o diagnóstico desses tumores. Para identificar se o mesmo produz ou não substâncias, é necessário a investigação com diversos exames de sangue.

Caso a suspeita de câncer se faz presente, devemos fazer o estadiamento da doença. Nesse caso podemos utilizar exames mais específicos com o PET-CT.

Tratamento

O tratamento vai depender se o tumor é maligno ou benigno, do tamanho, da presença de doença a distância.

Basicamente o tratamento é cirúrgico. A cirurgia é chamada de adrenalectomia e pode ser realizada de maneira convencional (aberta), laparoscópica ou robótica.

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Dr. Matheus Siqueira
Urologista adulto e pediátrico
Especialista em Cirurgia Minimamente Invasiva

O Dr. Matheus é formado em Urologia pela Faculdade de Medicina da USP. Ainda se especializou em transplante renal na mesma instituição.
Durante sua residência realizou estágio em cirurgia robótica e minimamente invasiva na USC (University of Southern California - EUA).

Após terminar sua formação, optou por retornar para a região onde cresceu!

Agora no Vale do Paraíba, traz na bagagem uma medicina de excelência, centrada na prevenção e bem estar. Em suas condutas, segue a individualidade de cada paciente, explicando as diversas possibilidades terapêuticas e respeitando o desejo de cada um, assim como dos familiares.

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Matheus de Almeida Carvalho Siqueira - Doctoralia.com.br